tag:blogger.com,1999:blog-8530599857924815542024-03-13T12:42:30.841-03:00Você diz que eu te assusto...Unknownnoreply@blogger.comBlogger126125tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-32988703064303350022019-02-11T11:54:00.001-02:002019-02-11T11:54:31.941-02:00It was right even though it felt wrong<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-P0kvg6SyQrg/XGF8HUNCcPI/AAAAAAAADR8/7nz1yZwA9lomfuT4CJK7Gx9ERg6IWdz_ACLcBGAs/s1600/6344E5C0-1E7F-4904-8DF1-625CE75F81F8.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="819" data-original-width="960" height="273" src="https://3.bp.blogspot.com/-P0kvg6SyQrg/XGF8HUNCcPI/AAAAAAAADR8/7nz1yZwA9lomfuT4CJK7Gx9ERg6IWdz_ACLcBGAs/s320/6344E5C0-1E7F-4904-8DF1-625CE75F81F8.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;">Tento pensar nas mais belas formas de te expressar como sinto, mas a verdade é que duas palavras bastariam. Cinco letras, que arrumadas de forma tão simples, dizem tanto. Mas não ouso dizer isso. Não posso escrever, nem muito menos falar. Evito pensar para que não cresça, como a faísca que inicia o incêndio.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;">Passo a noite pensando em como chegar até você, achar um caminho pelas suas tortuosas curvas. Como labirinto me perco e fico presa em meio aos seus sentimentos, ocupando esse lugar que nenhum de nós sabe exatamente onde fica.</span></div>
<br />
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;">Pode o certo advir do errado? Como classificar a felicidade como erro? E o amor? Nesses momento deixo a fagulha escapar e torço pelo corpo de salvamento que, quem sabe, conseguirá me resgatar.</span></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-79917042235934308052019-01-01T17:05:00.001-02:002019-01-01T17:05:25.683-02:00[ Tô entre tirar sua roupa e tirar minha vida ]<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cuEZY6VcCWk/XCu5mO-mZyI/AAAAAAAADRI/CsmrJ-fl5a0AKnrKonVjhQxuQM7_FipbQCK4BGAYYCw/s1600/IMG_3089.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-cuEZY6VcCWk/XCu5mO-mZyI/AAAAAAAADRI/CsmrJ-fl5a0AKnrKonVjhQxuQM7_FipbQCK4BGAYYCw/s320/IMG_3089.JPG" width="245" /></a><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Desde o início soube de todas as dificuldades que nos traríamos.
Me convenci de ser um desafio, mas apenas para esconder o medo do impossível.
Os seus problemas esbarram nos meus, que desaguam em nós. Minha vontade
atravessa a sua, que como o fio da navalha sepulta a nós dois. Mas a falta que
sinto de você é física, é a ausência dentro do abraço, o lugar vazio que
procuro enquanto acordo. É o espaço que em mim separei para você, na esperança
de que no meu coração fizesse morada. Agora, cá estou eu encharcada de amor e
lagrimas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha tristeza tem nome. Ela tem nome, cpf, endereço e os
sonhos de um menino. A minha tristeza ri enquanto compartilha comigo a sua ausência
de plano para nós, fingindo não escutar meu coração que cai e parte. Minha tristeza
marca minha pele com os dentes, sem saber que é um pedaço de mim quem ela leva.
Minha tristeza não vê enquanto as lagrimas correm, mas afaga com um beijo a
minha saudade. Minha tristeza cresceu em mim, como um jardim que começa com as
raízes, até eu fazer queimada em todos os campos. Das suas cinzas eu
construirei a minha alegria.<o:p></o:p></div>
<br />Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-59328048870553531222018-10-01T16:23:00.001-03:002018-10-01T16:23:41.896-03:00Apenas te peço que aceite o meu estranho amor<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-QbwoxaU1tZ0/W7J0LHin2zI/AAAAAAAADQc/ekpfNl5oGUs2PrSiZ-f9WJJ-W0gkcckiwCLcBGAs/s1600/IMG_4069.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="618" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-QbwoxaU1tZ0/W7J0LHin2zI/AAAAAAAADQc/ekpfNl5oGUs2PrSiZ-f9WJJ-W0gkcckiwCLcBGAs/s320/IMG_4069.JPG" width="206" /></a></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #454545; font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #454545; font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Loucura é essa vontade que eu tenho de você todo dia. É querer
te memorizar a cada vez que nos tocamos, para quem sabe um dia conseguir te
ler. É procurar nas roupas o teu cheiro na tentativa de amenizar a saudade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #454545; font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Loucura é querer respostas para as perguntas que nunca fiz. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #454545; font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Porque de todos os meus erros, você foi o mais gostoso. Foram
nos seus braços que me lancei sem paraquedas na esperança de nunca
aterrissar. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<br />Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-11952525314572007352017-11-08T23:01:00.001-02:002017-11-08T23:01:45.585-02:00Eu não me lembro mais quem me deixou assim<div style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: ".sf ui text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Eu lembro de cada pedaço seu junto aos meus. Eu lembro da tua voz falando palavras doces no meu ouvido, e dos beijos que eu te dava enquanto dormia. Eu lembro dos risos, dos amores. Lembro também das lágrimas. Eu lembro de você. De nós.</span></div>
<div style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: ".sf ui text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Você lembra de mim?</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-32095494621314592102016-06-05T20:07:00.000-03:002016-06-05T23:08:13.035-03:00“I’m gonna love you inside out”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tSTFh5uaAew/V1SvGtRDXZI/AAAAAAAADEU/dt8kHV1m8T4JuuxW8sCjCpCQ2a-H3vbawCLcB/s1600/fc5ab9934a0b1fb3afd3c818de20ccad.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-tSTFh5uaAew/V1SvGtRDXZI/AAAAAAAADEU/dt8kHV1m8T4JuuxW8sCjCpCQ2a-H3vbawCLcB/s320/fc5ab9934a0b1fb3afd3c818de20ccad.jpg" width="213"></a></div>
<br>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-GB"> </span>Meus dias costumam ser
preenchidos pelas mais tenebrosas histórias contadas pelos pacientes. Violência.
Abuso. Negligência. Pobreza. A cada consulta, uma nova desgraça. Um pequeno pedaço
de mim que morre ao ser lembrado da crueldade do mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas às
vezes, muito raro, o amor vence tudo isso. Contra todas as probabilidades,
desgraças e desavenças do mundo, o amor vem me lembrar de que ainda há beleza
no universo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dona
Violeta entra na sala de cabeça baixa e senta na cadeira destinada aos
pacientes. Veste uma bermuda jeans e uma blusa rosa, suas sandálias têm flores
bordadas. Somos eu e mais diversos alunos para iniciar a consulta, é sua
primeira vez em um consultório psiquiátrico. Começamos com a pergunta de praxe:
o que trouxe a senhora aqui hoje?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ela
começa a nos contar, com seu sotaque nordestino, que há seis anos perdeu seu
filho e desde então não dorme direito. No início conseguia contornar, muito
mal, com medicamentos fitoterápicos além de outras coisas naturais como chá de
camomila. Mas há dois anos, quando seus sintomas pioraram, procurou seu médico
que lhe receitou Diazepam 2 mg todo dia para dormir. Atualmente só adormece
quando toma pelo menos meio, e as vezes um inteiro, do remédio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pedimos
então para que ela nos conte sobre a morte do filho. Ela diz que teve três
filhos, dois gêmeos e uma menina. O pai a abandou há muitos anos e ela veio
para o Rio junto com eles, trabalhar para dar a todos uma vida melhor. Sempre foram
uma família unida. Quando fez 18 anos Miguel, um dos gêmeos, decidiu sair de
casa para viver sozinho. “Vocês não têm que se meter na minha vida! ” Ela
repete diversas vezes como sendo a justificativa dele. Foi morar na Lapa junto
a uma cafetina. Começou então um processo de modificação do seu corpo: raspou a
barba e pelos do abdômen, injetou silicone industrial nas pernas e bunda, nos
peitos colocou silicone com um cirurgião. Ela nos conta isso com calma, sem
alterar seu tom de voz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Incrédulos,
perguntamos se isso foi difícil para ela. Ela nos responde que fácil não foi,
mas era seu filho e ela o amava do jeito que era. Seu atual marido, padrasto
dos meninos, teve maior dificuldade de aceitação. Ela diz que conversou com
ele, afinal era seu filho e se fosse para escolher era obvio quem preferiria.
No final, todos se acertaram, do jeito que eram. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Em uma das visitas Carlos, o
outro gêmeo, sinalizou para a mãe o inchaço em uma das pernas do irmão. Ela,
preocupada, ao tocar na perna de Miguel percebeu que estava fervendo de quente,
além de muito vermelha e dolorida. Começou então uma militância pela saúde do
filho. Alertou diversas vezes sobre a colocação de silicone industrial no
corpo, pratica ilegal, e que ele deveria ir ao médico avaliar aquilo. Foram
meses de convencimento até conseguir leva-lo a um hospital. Lá o avaliaram e
marcaram a retirada cirúrgica do silicone na perna inflamada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Nesse meio tempo ela o convenceu
a retornar para casa, não para seu controle, mas para auxiliá-lo com sua saúde.
Foi a diversas consultas medicas com ele, sempre que podia nas folgas do
trabalho. No dia da internação para a retirada do silicone industrial, ela
estava trabalhando então não pode acompanhá-lo. Ele não foi. Em vez disso
voltou para a casa da cafetina na Lapa, ela nos conta com voz de tristeza. Lá
votou a se prostituir e a colocar mais silicone nas pernas, “se sentia mais
bonito assim”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Meses se passaram e a saúde
Miguel, que agora se chamava Michaela, deteriorava. Pegou um resfriado leve,
mas nunca se curou. Tossia todos os dias, constantemente, sua voz agora rouca
pela grande quantidade de secreção. Já não visitava mais a mãe alegando falta
de tempo e dinheiro para a passagem. Com saudades do filho, Dona Violeta se
encheu de coragem e foi visita-lo na casa da cafetina na Lapa. Chegando lá,
quase não reconheceu seu próprio filho. Estava magro, com a pele acinzentada,
mal conseguia falar pela falta de ar. Sequer se levantou para cumprimentar a
mãe, pois não tinha forças. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Desesperada, ignorou as negações
do filho e o colocou em um taxi com destino ao hospital mais próximo. Lá foi
prontamente internado, estava com um quadro grave de tuberculose pulmonar. Por
medidas de segurança não deixaram Dona Violeta permanecer muito tempo próxima
ao filho, por mais que pedisse e implorasse a todos os funcionários do
hospital. Três dias depois quando foi visita-lo, recebeu a notícia de que havia
falecido durante a madrugada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Ela nos conta que constantemente
revê em sua mente a cena do filho magro, internado, com a máscara de oxigênio
no rosto e ainda assim dificuldade para respirar. Só em nos contar Dona Violeta
treme e diz sentir o coração doer, junto com um grande aperto na garganta. O
mesmo que senti durante toda sua história.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Perguntamos então sobre outras
coisas de sua vida, o trabalho, planos para o futuro e como está a família
depois desse evento. Ela diz que se voltou a estudar para completar o ensino
médio e ano que vem pretende cursar enfermagem. “Gosto muito de cuidar das
pessoas. Trabalho na casa de um casal de idosos e me ajuda muito a ocupar a
cabeça.” Diz que evita ao máximo ficar sozinha, pois senão lembra do filho.
Conta também ter muito medo de perder o outro gêmeo, que agora está com pedra
no rim. “Ele ficou muito mal depois que o irmão morreu, toma quatro remédios
para depressão”. Questiono se ele faz terapia, afirmando que um tratamento não
funciona sem o outro, ela diz que foi a uma sessão e nunca mais voltou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
A essa altura nosso professor, o
psiquiatra, já havia entrado na sala e esperava acabarmos de colher os dados
para repassá-los a ele. Contamos a história de forma resumida, relatando a ele
o sofrimento de Dona Violeta. Ele então a questiona sobre seu apetite, e se
sente culpa pela morte do filho. Ela afirma que sim, pois pensa que talvez de
alguma forma poderia ter mudado o seu destino. Ele discute com ela sua
medicação, a necessidade de mirarem a suspensão do Diazepam pela forte
dependência associada ao seu uso, e adiciona Escitalopram para tratar de forma adequada
o seu quadro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Termina a consulta com uma
conversa com Dona Violeta, sobre sua culpa. Infelizmente não podemos controlar
as ações de nossos filhos após adultos, apenas aconselhá-los a fazer o que
consideramos melhor. E isso, ela havia feito, da melhor forma possível. Ela
concorda. Ao sair do consultório cumprimenta a todos nós de forma carinhosa,
agradecendo pela atenção. Após sua partida discutimos seu provável diagnóstico,
Transtorno do Estresse Pós Traumático, elogiamos sua força como mãe e partimos
para o próximo paciente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Nesse momento saio da sala para
ir ao banheiro, encontrando Dona Violeta sentada na cantina bebendo uma água.
Questiono se ela está melhor após ter partilhado sua história conosco, ela
afirma que sim com um sorriso no rosto e me convida para sentar ao lado dela
para conversar rapidamente. Puxo uma cadeira e me ponho a escutar. Ela conta
que seu outro filho, Carlos, é HIV positivo há alguns anos. Diz ter ficado sem
graça de falar sobre isso na frente de tantos alunos, por mais que tenha gostado
de todos nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Carlos, na verdade, fora junto
com Miguel quando ele saiu de casa. Após a morte do irmão ela, vendo como seu
filho havia ficado deprimido com a perda, o convenceu a voltar e morar em um
pequeno quarto que havia no andar de cima de sua casa. “Assim ele tem a
privacidade dele, mas continua próximo a mim”. Ela diz que o filho toma muitos
remédios, somando o coquetel e os medicamentos para depressão, e se sentiu
muito mal no início do tratamento. Eu afirmo a ela que é assim mesmo, são
remédios muito pesados, mas que o ajudarão a ter uma vida melhor e mais longa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Ela conta que ele a pede para chamá-lo
de Bia, e não mais seu nome de batismo. Afirma que o chama de Bianca pois acha
mais bonito. Questiono se ele tem o hábito se usar roupas femininas, ela diz
que sim. Saio então do meu lugar de estudante de medicina, e como humana,
começo a elogiá-la. Pelo seu grande amor e aceitação dos filhos, pela sua garra
como mãe. Pelo ser incrível que senta na minha frente, dotada de uma
sensibilidade e inteligência anos luz de seu tempo e idade. Ela rí sem graça e
me responde que são seus filhos, que outra opção tem senão amá-los? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Sua irmã constantemente fala que
é coisa do demônio chamar homem com nome de mulher, e permitir esse nível de
perversão na sua casa. Eu digo que não sou religiosa, mas pelo pouco que
conheço Jesus nos ensinou a amar uns aos outros, sem restrições de grupo. Ela
concorda e que pecado é ter filho que mata, rouba, estupra. “Ele não faz mal a
ninguém, doutora. Vai da casa para o trabalho, do trabalho para casa. Não me dá
nenhum problema. O que custa chamar ele de Bianca? Julgamento quem tem que
fazer é Deus, eu só posso amar o meu filho e aceitar ele do jeito que ele é.” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Com lágrimas nos olhos eu
concordo com ela, dizendo que está coberta de razão. Convido a ambos para virem
a uma roda de conversa comunitária quando puderem, pois seria bom ter Bianca se
tratando junto a mãe. Me despeço com o coração aquecido, dizendo que preciso
voltar para as consultas. Ela me agradece pela atenção e diz que tentará trazer
seu filho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br></div>
<br>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Passo o resto do dia com a
certeza de que mundo precisa de mais Violetas. Para colorir todo esse cinza que
embaça as nossas vistas e nos faz esquecer algo tão fundamental: amar uns aos
outros do jeito que são. Sem restrições.<o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-65880000139115286602016-05-11T22:36:00.000-03:002016-07-21T17:49:25.511-03:00I ain't thinking about you<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-SfuqMOlrMyg/VzPdwQjgfAI/AAAAAAAAAVk/DR2h86WozZw7QgMqrbqMKxDdFnjLlekXwCLcB/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-SfuqMOlrMyg/VzPdwQjgfAI/AAAAAAAAAVk/DR2h86WozZw7QgMqrbqMKxDdFnjLlekXwCLcB/s320/large.jpg" width="213"></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Em tempo de caça às bruxas sou eu
quem acende a fogueira. Começo pelas minhas cartas, cujas palavras profanadas
já não nos cabem mais. Sigo pelas suas, rasgadas e manchadas pelas minhas
lagrimas. Termino com nossas promessas, distorcidas e derretidas. A fuligem
sobe aos céus, carregando tudo o que fomos. Agora, não há mais nada lá. <o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-18161259106415444962016-05-01T01:49:00.001-03:002016-05-11T22:34:29.932-03:00<div>
<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both;">
<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;"></span><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-iy3PTO52xD4/VyWK1LRRISI/AAAAAAAAAVI/DpABNO3ufpU/s640/blogger-image--357315028.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="277" src="https://lh3.googleusercontent.com/-iy3PTO52xD4/VyWK1LRRISI/AAAAAAAAAVI/DpABNO3ufpU/s320/blogger-image--357315028.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;">Ele me olha e eu me sinto nua. Vesti meu casaco mais pesado e seus olhos verdes o retiram em apenas um relance. Suas mãos abrem o laço do vestido e são minhas verdades que caem no chão. As cicatrizes expostas sangram enquanto meus olhos secos focam o infinito. Beijo seu rosto em uma prece, repetindo o nosso amor.</span></div>
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i><span style="display: inline-block;"></span></i></span><br />
<div>
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i><span style="display: inline-block;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i><span style="display: inline-block;"><br /></span></i></span></span></i></span></div>
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i><span style="display: inline-block;">Prayin' to catch you whispering</span><br /><span style="display: inline-block;">I'm prayin' you catch me listening</span><br /><span style="display: inline-block;">I'm prayin' to catch you whispering</span><br /><span style="display: inline-block;">I'm prayin' you catch me</span></i></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-31452973901170978372016-04-06T00:40:00.001-03:002016-04-06T00:40:38.844-03:00<div class="MsoNormal">
T.
e F. entram no consultório de cabeça baixa. T. tem 30 anos e F. 15. Ambas com a
pele cor de avelã e os cabelos negros e longos cobrindo o rosto. Poderiam ser
irmãs, mas são mãe e filha. Sentam uma ao lado da outra na minha frente, T.
agora olha para mim como quem teve o coração partido, F. continua encolhida e com
a cabeça baixa, mal ocupa espaço na cadeira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Pergunto como chegaram até mim e
a terapia de família, T. diz que foi encaminhada pelo juiz da vara de família e
me entrega uma folha com o resumo do seu caso. Leio e evito olhar para cima,
controlando minha respiração e minhas emoções. Essa vai ser uma consulta longa.
Devolvo o papel e peço para me contar desde o inicio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
A partir desse momento as
historias de mãe e filha se entrelaçam ao ponto de se confundirem. Além da
obvia participação de uma na vida da outra, há quase a repetição de um padrão.
Como se o presente fosse uma mera reprodução do passado. Contarei em ordem
cronológica apenas para facilitar a compreensão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
T. conta de uma infância humilde
em uma pequena cidade próxima a Manaus. Tem muitos irmãos, homens e mulheres,
os quais foram todos criados pela mãe. O pai, alcoólatra, ela comenta que saiu
de casa quando ainda era nova. Não sabe dizer nada além disso sobre ele. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Diz que desde cedo ajudava com as
tarefas da casa, e mesmo não sendo a mais velha constantemente ficava
responsável pelos irmãos quando a mãe se ausentava. “Não sei porque, dotôra,
acho que eu era a mais responsável, mesmo sendo nova. ”. Conta com pesar sobre
as surras dadas pela mãe, sempre piores nas meninas que nos meninos, e ainda
mais severas com ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Aos 10 anos decidiu sair de casa.
Seu sonho era trabalhar em casa de família; terias as mesmas tarefas com as
quais já estava habituada, mas agora com a chance de independência e longe das
surras da mãe. Pegou um ônibus e foi até onde conseguiu, mas logo a encontraram.
Diz que nunca apanhou tanto na sua vida quanto naquele dia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Passados alguns meses dois homens
batem à sua porta, dizendo que estavam lá para levar ela e a irmã para uma casa
de família. Ela sentiu o coração palpitar e logo estava na porta com a mala
pronta. Era a sua chance de sair de casa e realizar um sonho. A irmã chorou e
esperneou até desistirem de leva-la. Diz lembrar de fazer uma viagem longa de
carro, e que os homens se recusavam a responder quaisquer das suas perguntas de
criança ansiosa. Apenas a mandavam ficar quieta. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Quando finalmente chegaram ao
destino, sua casa de família havia se transformado em algo bem diferente. Eram
diversos quartos, pequenos, enfileirados um ao lado do outro e unidos por um
corredor. As meninas que trabalhavam lá eram um pouco mais velhas, todas com
pouca roupa no corpo. “Elas vão te explicar como funciona, amanhã você
começa.”. T. ainda tinha 10 anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Pela noite as outras meninas,
assustadas com a idade da criança entre elas, a ajudaram a fugir. Passou
algumas semanas dormindo na rua e contando com a caridade de estranhos para
sobreviver. Um dia ela diz ter pedido um copo d’água a um senhor, que então a
ofereceu um emprego e lugar para morar. Era um advogado, pai de duas crianças
pequenas e com a necessidade de alguém para ajudar sua esposa nas tarefas
caseiras. Ela conta que nunca foi tão feliz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Após aproximadamente 3 meses
trabalhando nessa casa, seu patrão diz que vai leva-la para sua mãe. Tinha
escutado no rádio o pedido de uma mulher procurando por sua filha, perdida, e
pela descrição com certeza era T. Ela pediu, implorou, mas ele por medo das
implicações legais de ter uma menina desaparecida menor de idade trabalhando em
sua casa, a levou mesmo assim. Chorou todo o caminho de volta. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O retorno para casa foi pior que
da primeira vez. A mãe, cansada da rebeldia da pré-adolescente, a abarrotava de
tarefas e afazeres. Seus irmãos agora não faziam mais quase nada, apenas ela
cuidava das coisas. As surras também haviam piorado. Tentou procurar o pai,
mas, sem sucesso, decidiu mais uma vez fugir de casa. Mesmo que morasse na rua,
lá ela não ficava mais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Então, aos 11 anos, ela se tornou
mais uma criança na rua. Conta com profunda vergonha das coisas que fez para
tentar sobreviver; diz que até teve que se prostituir e me pede desculpas pelas
coisas que está contando. Respondo que não há nada de vergonhoso em nisso, pois
ela fez o que precisava para sobreviver. Logo, nada de me pedir desculpas.
Volto minha atenção rapidamente a F. e pergunto se ela sabia dessas coisas, ela
apenas balança a cabeça negativamente. Ainda não conheço o som da sua voz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Aos 12 anos ela me diz ter
descoberto o amor. Era outro menino morador de rua, um pouco mais velho. “Com
ele eu me descobri mulher, me entreguei inteira” ela diz enterrando o rosto
entre as mãos. O resultado do amor da adolescência nesse caso não foge muito do
esperado. T. engravidou e o então amor de sua vida logo desapareceu. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Sem opções, gravida aos 13 anos,
ela bate na porta da mãe pedindo ajuda. Essa lhe responde dizendo que era isso
mesmo que ela merecia por ter fugido de casa para virar vagabunda na rua. Após
longos pedidos e horas implorando, a mãe a aceita de volta. Mas com a condição
de pagar pelo próprio sustento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
A partir desse momento, e durante
todo resto de sua gravidez, sua mãe a aliciou. Um cliente após o outro, ela
pagou com o corpo o sustento para a própria mãe. Seu bebe nasceu prematuro e,
infelizmente, não sobreviveu. T. nunca mais voltou para casa depois da alta no
hospital.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Com então 14 anos ela se viu na
mesma situação que parecia ser seu destino: moradora de rua, fazendo o possível
para sobreviver. Após alguns meses, em um abrigo, ela conhece uma mulher e seu
filho, um menino de 12 anos. Ouvindo a história de T. essa senhora se comove e
faz uma proposta: casar-se com seu filho para assim tornarem-se uma família e
tentarem sair daquela situação juntos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
T. diz ter achado a senhora
louca, como que ela com 14 anos iria se casar com o menino de 12? Mas, levada
pela falta de melhores opções, ela aceitou. Assim se passaram 15 anos, e após 3
filhos, dois meninos e a menina mais velha, ela está sentada no meu consultório,
pronta para contar a história de sua filha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Nenhuma das duas sabe me precisar
uma data de início, mas ambas concordam com a idade: começou quando F. tinha 13
anos. T. se recorda de uma viagem que fez, para visitar os parentes em Manaus,
na qual pretendia levar a filha junto. O pai então, preocupado com seus
estudos, disse que seria melhor a menina ficar em casa com ele e assim não
perder aulas na escola. Ambas, seguindo a lógica racional, concordaram. Era seu
pai, além de assim F. poder ajudar a cuidar dos irmãos. T. lembra com lágrimas
correndo pelo rosto de perceber a filha diferente ao voltar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Pergunto se durante esses anos T.
suspeitou de algo, ela me responde não com toda culpa que essa pequena palavra
pode carregar. Diz que suas vizinhas a alertavam, mas nunca sobre algo
concreto. Falavam do ciúme excessivo do pai com a filha, “algo meio homem e
mulher”, e sobre as roupas provocantes com as quais ele constantemente a
presenteava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Porém, toda vez que qualquer falatório
se iniciava, ou quando a menina conseguia fazer amigos, eles se mudavam. Sempre
haviam razões e explicações, normalmente relacionadas a emprego, então T.
aceitava sem muito questionar. Diz que para não dar atenção aos boatos, se
concentrou no trabalho. Aumentou sua renda, mas diminuiu seu tempo em casa.
Como se fugisse de algo lá.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Enquanto isso, F. se tornava uma
menina reclusa. Além das constantes proibições do pai em relação as suas
amigas, ou qualquer um que se aproximasse, ela cada vez menos falava. Começou a
ir mal na escola, repetiu então duas séries. Pergunto porque ia mal nas
matérias naquela época, ela me responde que não conseguia se concentrar. Digo
que realmente deveria ser muito difícil se concentrar com tudo que acontecia.
Ela consente com a cabeça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
T. diz que F. tentou procurar
ajuda algumas vezes, mas que infelizmente ela não entendia. Nos dias de folga
do pai, às segundas como a própria filha enfatiza, constantemente pedia para ir
ao trabalho junto à mãe. Sem saber o porquê daquilo, e dizendo que ela deveria
ficar em casa para ajudar o pai com o almoço, sua mãe constantemente negava o
pedido. Pergunto se era nesses dias que acontecia, quando eles estavam sozinhos
em casa sem a mãe ou os irmãos, ela consente com a cabeça enquanto chora
calada.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Esse ciclo se repetiu durante 2
anos. As mudanças, a reclusão da filha, a negação da mãe, o abuso sexual feito
pelo pai. Até que em janeiro desse ano, a menina finalmente rompeu o silêncio.
Não com a mãe, mas com uma amiga e confidente de ambas. A partir da abertura
dessa caixa de pandora, tudo na vida das duas mudou. E o fato de que sou capaz
de reproduzir essa história é talvez uma das maiores provas disso.<o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-67451325169801681422016-03-01T20:15:00.001-03:002016-04-06T00:32:34.732-03:00you forgot how we fell in love<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both;">
<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;"></span><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-1gEs8HGdiN0/VtYiqNAq51I/AAAAAAAAAUo/gpA44KomrLA/s640/blogger-image--1283837152.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://lh3.googleusercontent.com/-1gEs8HGdiN0/VtYiqNAq51I/AAAAAAAAAUo/gpA44KomrLA/s320/blogger-image--1283837152.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-family: "uictfonttextstylebody"; text-decoration: -webkit-letterpress;">Você entrou na minha vida como uma tempestade. Haviam trovões, risadas, rajadas e chamegos. Os rios encheram e transbordaram amor, deixando-me encharcada. Em meio a água tudo florescia, meus campos se encheram de cor mesmo com o céu cinzento.</span><br />
<div style="color: #454545; font-family: UICTFontTextStyleBody; text-decoration: -webkit-letterpress;">
Mas como toda chuva de verão, você partiu tão inesperadamente quanto chegou. O sol brilha e o calor secou as minhas plantas, não há uma brisa sequer no ar. As nuvens passam esparsas, altas, não deixam escapar uma gota. Do meu jardim fazer-se-á deserto.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-76203101990652529452016-02-29T16:46:00.001-03:002016-02-29T16:47:36.466-03:00<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
O
coração vazio me pesa no peito como chumbo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As
palavras de tão negadas, secaram.<o:p></o:p></div>
E não
há mais droga no mundo que me traga de volta.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-4272392000566155842016-02-18T18:38:00.000-02:002016-02-18T18:48:58.043-02:00#meuamigosecreto<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.3px;">#</span><a class="ecx_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/meuamigosecreto?source=feed_text&story_id=10153107211541510" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px; text-decoration: none;" target="_blank"><span aria-label="hashtag" class="ecx_58cl" style="color: #627aad; cursor: pointer; line-height: 21.4667px;"></span><span class="ecx_58cm" style="cursor: pointer; line-height: 21.4667px;">meuamigosecreto</span></a><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"> saiu com a ex por 6 meses antes de decidir que estes eram namorados, mesmo que o fossem em todos os sentidos. No final desse período ela viajou para fazer sua última prova de vestibular, e após isso saiu com os amigos e usou substâncias psicoativas para comemorar. Essa foi a gota d’agua para ele, pois não podia levá-la a sério com atitudes assim e terminou o relacionamento (que de certa forma nunca havia começado) com essa justificativa em uma conversa de msn.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">Passados alguns dias, muito arrependido, ele viajou para encontra-la, pediu desculpas e os oficializou como um casal de namorados. Na mesma noite brigaram sobre como praticariam sexo, já que ela não queria fazer o que ele pedia, mas ele achou que com insistência conseguiria. E, ao longo dos dois anos de relacionamento e muitas brigas sobre o assunto, conseguiu. Até hoje esse é um assunto delicado para ela.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">Com o tempo o relacionamento, que de iniciou como uma relação entre iguais, se tornou um molde da personalidade dela. Pois ela deveria agir, se vestir e portar de uma determinada forma para merecer o amor do namorado. Ama-la como era, claramente, não ia rolar. Não podia fazer tatuagens (mesmo querendo fazer uma há anos), pois ele dizia não querer a linda pele dela manchada. Chegou um dia com um piercing novo na orelha e a resposta foi “por que você não me avisou antes?”. Não podia usar as substâncias que queria porque gente séria não usa esse tipo de coisa, mesmo que os amigos que dividiam apartamento com ele usassem diariamente. Afinal, os amigos não eram a namorada dele.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">A frequência dela em eventos sociais da recém iniciada faculdade sempre eram um assunto polêmico. Ele dizia que não a proibiria de ir, pois já tinha sofrido isso em relacionamentos anteriores e sabia o quanto era ruim. Porém, toda vez que a namorada comparecia em um começava uma enxurrada infinita de mensagens de textos, com assuntos complexos e inadiáveis. Caso demorasse a responder brigavam pois se ela não dava atenção a ele claramente estava fazendo algo de errado. Se chegasse atrasada após a festa na casa dele, seria outra discussão. O que estava fazendo? Não dava pra voltar antes? Alguém chegou em você? Tem certeza? (que diferença faz?)</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">Uma vez, enquanto brigavam porque ele vasculhou o facebook dela e encontrou uma conversa com um menino que não o agradou muito, ele levantou a mão. E ela teve certeza que ia apanhar naquele momento, ali, naquele apartamento vazio a 300 m de uma delegacia. Por sorte ele desistiu do ato e abaixou a mão para o lado enquanto pedia desculpas, dizendo que nunca faria isso com ela. Depois riu e zombou quando ela respondeu que se batesse, ela iria na delegacia na mesma hora. Ele já havia agredido outras exs-namoradas.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">O termino foi uma das situações mais traumáticas da vida dessa menina. Ela se deprimiu, pensou em se matar. Ela o amava com todo o coração, mesmo com os constantes abusos verbais e morais. Ele a havia convencido que, sem ele, ela estaria sozinha no mundo. Afinal, quem iria amar uma gordinha sem graça como ela e com tantos problemas na cabeça? Alguns dias depois de terminarem ela recebeu uma mensagem de um facebook anônimo sobre como ele ria dela com os amigos dele, porque ela tinha engordado, sobre como apenas a namorou pois era mais nova e fácil de manipular, além de amável e que o tratava bem, e sobre a ida de outra menina (que já havia sido pivô de outras brigas durante o relacionamento) a casa dele no mesmo dia em que terminaram, mesmo que na época ele dissesse ainda gostar dela e que voltariam em algum tempo. Até hoje não sabe a veracidade da mensagem, mas sinceramente já não duvida muito.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">Ele permaneceria na vida dela ainda por muito tempo, mesmo após iniciado um novo namoro com sua atual esposa, pois sabia que ela ainda tinha sentimentos por ele. Um dia em uma conversa bêbado pelo computador ele disse “o ruim de estar bêbado e com insônia é que não da pra bater uma e dormir” e ela se tocou que se ele não respeitava a então namorada, com certeza nunca a havia respeitado.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">Pois é amigo, o único problema que eu tive na cabeça foi permanecer presa a você por tanto tempo.</span><br>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;"><br></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.4667px;">(25/11/2015)</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-30893966962442478752016-02-11T08:36:00.001-02:002016-02-11T08:36:36.240-02:0005/02/2016<div class="layoutArea" style="text-decoration: -webkit-letterpress;"><div class="column"><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O homem que cuidava do tempo</span></p></div></div><div class="layoutArea" style="text-decoration: -webkit-letterpress;"><div class="column"><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Inexoravelmente cumpriu-se o ciclo da vida. Nascemos, crescemos e viramos pó de estrelas. Sempre é difícil assimilar a terceira parte e estranhamente ficamos tristes.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Rosalvo desde cedo se interessou pelo segredo do passar do tempo e resolveu ser mais um guardião dele. Com carinho, introspeção e enorme paciência, desmontava, reparava e dava corda em seus inúmeros relógios, sempre sob os olhares carinhosos e compreensivos de Ruth, de Regina, Rubens, Luciana, Gabriel, Eduardo, Flávio e Júlia, que imaginavam quantos giros dos ponteiros ainda estavam por vir.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mas além de cuidar do tempo, também cuidava dos seus, mesmo que por vezes houvesse discordâncias sobre o tempo certo de cada um realizar os seus projetos, mas o segredo da vida não está no acerto, mas no afeto.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Desta forma, melhor é acertar as molas e engrenagens dos relógios e deixar que a engrenagem própria da vida faça os seus acertos na vida de quem se ama.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">No seu jardim “pitava “eventualmente uma cigarrilha e curtia uma cuba-livre, resquício dos seus tempos de caserna.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Hoje neste dia lindo, de céu de BRIGADEIRO, lógico, resolveu conhecer outros lugares onde o tempo não tem mais importância.</span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sentiremos saudades, mas nos lembraremos sempre com alegria da sua presença. </span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></p><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">- João Siqueira</span></p></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-22945869616175732842016-01-11T16:24:00.000-02:002016-01-11T16:40:51.938-02:00A gente sobrevivia de sexo, suor e cigarros.<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-UN1rVafB80o/VpP2_wBn4OI/AAAAAAAAAUI/keA-_ozq7Qo/s1600/IMG_3995.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-UN1rVafB80o/VpP2_wBn4OI/AAAAAAAAAUI/keA-_ozq7Qo/s400/IMG_3995.JPG" width="400" /></a></div>
Eu lembro
da primeira vez que te vi. Era uma rua pequena, cheia de gente, iluminada e
enfeitada parecendo carnaval. Eu estava cansada de ter ido tão longe só para te
encontrar, e mesmo sem te conhecer te reconheci assim que cheguei. Lembro do
nosso primeiro beijo, quase roubado. Lembro da nossa primeira vez. Para mim, na
verdade, foram várias primeiras vezes. E eu lembro de cada uma delas. Lembro de
dividir um pedaço de bolo com você na chuva e de ter certeza de que era você quem
havia ganho um pedaço meu. Lembro de na mesma noite estar cansada e querendo ir
para casa, mas sem saber você me pediu para ficar. Lembro de já pela manhã
nenhum dos dois quererem ir embora, e pensar de que talvez eu também ganhara um
pedaço seu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu
lembro de conhecer a sua casa e de chegar lá assustada. Lembro que te demorou
quase uma noite inteira para descobrir o que acontecia e me acalmar. Lembro de
depois te pedir para ficar mais, e você aceitar com um sorriso. Lembro do
primeiro ciúme que tive de você, e de como te divertiu perceber isso na manhã
seguinte. Lembro de ter a impressão de sempre tocar a mesma música no seu carro,
mas que você tanto gostava. Uma vez me perguntou se já estava de saco cheio, respondi
sincera que não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu
lembro de te trazer para conhecer a minha casa, mesmo tendo aberto a porta
embriagada. Lembro da flor que me trouxe. E de todas as outras. Guardo as pétalas
escondidas em livros. Lembro de irmos à praia uma única vez juntos, e de como o
seu cabelo ficava bonito brilhando no sol. Lembro de adormecer tantas vezes nos
seus braços, tão cansada, e de acordar com a certeza de que a felicidade era
minha. E tua. Nossa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Eu também lembro da primeira vez
que você partiu o meu coração. De como naquele instante todas as cores que você
colocou no meu mundo se tornaram tons de cinza. Eu lembro de querer pedir o meu
pedaço de volta, mas saber que não é assim que acontece. Lembro de nos ver
mudados depois disso. Não haveriam mais flores, nem bolos. Não havia mais nós.
Havia você e havia eu, despedaçada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Lembro de abrir a porta uma última
vez para você, e te encontrar nervoso do outro lado do corredor. Lembro de nos
olharmos por algum tempo, nenhum dos dois sabendo como proceder. Lembro de
passarmos o resto da noite juntos, como éramos. Lembro de você parar para
apenas me olhar, e de não entender o que aquilo significava. Lembro de me
permitir ter esperanças como poucas vezes o fiz. Lembro de você me pedindo para
ligar quando retornasse de viagem, repetidas vezes. Lembro de não querer te
deixar ir embora, por medo de quebrar o encanto, mas de saber que precisaria.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
E eu lembro de ter de partir o
meu coração pela segunda vez. Para que todas as outras lembranças permanecessem
intactas, eu parti o pouco de mim que restara.<br />
<o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-63779486788219951102015-12-24T09:11:00.001-02:002015-12-24T09:11:35.922-02:00<br><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-KjFtKDfr8NA/VnvS5dSgoNI/AAAAAAAAATc/90Auya3qmI0/s640/blogger-image--895124315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://lh3.googleusercontent.com/-KjFtKDfr8NA/VnvS5dSgoNI/AAAAAAAAATc/90Auya3qmI0/s640/blogger-image--895124315.jpg"></a></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="color: rgb(69, 69, 69); font-family: UICTFontTextStyleBody; text-decoration: -webkit-letterpress;">Você foi a janela para qual a minha alma se abriu. </span><div style="color: rgb(69, 69, 69); font-family: UICTFontTextStyleBody; text-decoration: -webkit-letterpress;">Chovia torrencialmente lá fora, as cortinas balançavam com o vento e eu me recusei a fechar. Havia água para todos os lados, meus pés estavam encharcados, enquanto meu coração cantava o fim da seca.<div>Pois o amor, querido, é inundação.</div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-10019682051873068942015-11-27T16:02:00.000-02:002015-11-27T16:04:39.087-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-GbniPQU1TG4/VliakZMFNpI/AAAAAAAAC5c/Wy4TOez7TGo/s1600/12243220_831366160313534_6967554762226441599_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-GbniPQU1TG4/VliakZMFNpI/AAAAAAAAC5c/Wy4TOez7TGo/s320/12243220_831366160313534_6967554762226441599_n.jpg" width="306" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">"The saddest end to a relationship is one where you have to break up with somebody when you’re still in love with them. It sounds bizarre but it happens, because the truth is, as powerful and as thrilling and as wonderful as it may be, love isn’t always enough and to be in love doesn’t always mean you’re happy. You can continue to love someone even after they’ve hurt you, but you </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">know deep inside yourself that it won’t ever be the same again, so at some point, you have to let them go. When is the right time? You never know. That’s the sad part, too. You just have to walk to the edge of it all and jump, learning to grow back the wings you once had on the way down." - </span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">the-taintedtruth</span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-69412236745169486522015-11-24T20:06:00.001-02:002015-11-24T20:06:49.192-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0h4V57AADi8/VlTfSVw4l5I/AAAAAAAAC5M/c2NPngNeltQ/s1600/e2937c5c9e0175eaecdbbc09797a073b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-0h4V57AADi8/VlTfSVw4l5I/AAAAAAAAC5M/c2NPngNeltQ/s320/e2937c5c9e0175eaecdbbc09797a073b.jpg" width="214" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Dias se transformam em noites
enquanto meu tempo permanece suspenso. A roda da fortuna quebrou e apenas o
limbo me resta. Este que transformo em inferno para queimar. Flerto com meus demônios
e eles me repetem ao pé do ouvido: Todo carnaval tem seu fim e de você nem as
cinzas vão sobrar.</div>
<o:p></o:p>Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-79913056497164049082015-10-25T16:31:00.002-02:002015-10-25T16:33:36.862-02:00It's no secret that the both of us are running out of time<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-qSitpVQHilk/Vi0f7x8rs0I/AAAAAAAAC4g/nxpn2NbrnzM/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-qSitpVQHilk/Vi0f7x8rs0I/AAAAAAAAC4g/nxpn2NbrnzM/s320/large.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O tempo
me escapa como areia por entre os dedos, levando nossos pequenos pedaços. Sinto
em cada grão suas risadas e meus chamegos, desconexos na imensidão dessa praia.
As ondas vêm com a força de uma ressaca, lavando as lagrimas do meu rosto
cansado de sorrir. Lembranças perdidas na imensidão do mar, afogadas pelas
palavras nunca ditas. O canto da sereia surge enquanto o sol raia, e não há
nada mais a se esperar.<o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-73456701010594414122015-09-22T06:47:00.000-03:002015-09-22T06:47:46.376-03:000.1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KEbwKTAc5FU/VgEjbzEJhzI/AAAAAAAAC4E/SLHZGZbINbg/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-KEbwKTAc5FU/VgEjbzEJhzI/AAAAAAAAC4E/SLHZGZbINbg/s320/large.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
E em um
piscar de olhos, você estava lá. Teu cheiro, teu jeito, tua voz. Suas palavras
preenchiam os meus dias, enquanto eu insistia em manter a porta fechada. Aqui
você não entra, gritei comigo, postergando o inevitável. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Eu preocupava com as portas,
passei a tranca em todas, e você pulou os muros. Um por um, fazendo da minha
pista de obstáculos uma trilha a ser descoberta. Entrou nos quartos, nas salas,
tirou o pano dos moveis, abriu as janelas. Olhei as rachaduras, percebi o
quebrado, corri para esconder os cacos. Em vão.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Descascou todos. Um por um, meus
pedaços caíam por trás dos sorrisos e você sempre a olhar. Prestou atenção em
cada, até ver o todo. A luz entrava pela janela e não havia onde esconder. As
portas estavam abertas e as chaves agora não mais me pertenciam. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-61259038252569998602015-09-10T21:42:00.000-03:002015-09-10T21:44:00.662-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XavUaNHmxH0/VfIhXXN3eWI/AAAAAAAAC30/ZjNSdPKp9Z0/s1600/large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="http://2.bp.blogspot.com/-XavUaNHmxH0/VfIhXXN3eWI/AAAAAAAAC30/ZjNSdPKp9Z0/s320/large.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Aquelas
paredes já haviam visto de tudo, mas nada as prepararia para o que estava por
vir.</div>
<div class="MsoNormal">
Motel
barato, perdido entre a Lapa e a Glória. “Lugar justo” alguns dizem. Paredes
recobertas de veludo, para guardarem seus segredos. Gravam tudo, riem e
discutem. O bizarro já virou rotina. Entra um casal jovem, descolados e
despretensiosos. Daqueles que confundem luxuria por amor e safadeza com
carinho. Olha que engraçado, ela tá vestida de palhaço. Já é carnaval?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Acendem
um baseado, o riso rola solto. Mais um desses, tão ficando populares. Fica
quieta senão não consigo ouvir. Xi, ficou seria a conversa. Meu deus, o que é
que eles tão falando? É isso mesmo? Por que eles estão rindo? Isso não é
engraçado. Cala a boca senão eu não consigo ouvir!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As
horas passava e eles continuavam lá, vestidos, conversando. A quantidade de
peças no corpo aos poucos diminuía, mas não os assuntos. Eles decidiram se
conhecer no motel, é? Gente estranha. Já te falei pra ficar quieta. Ah ta,
quando é putaria você não cala a boca, e agora eu não posso falar?! Isso é
diferente. Ih a lá, agora vai.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Tempos
de silêncio e eles voltam, a risada continua. Conseguem ouvir os quartos
alheios e mais gargalhadas preenchem o ambiente, junto a certeza de que em
nenhum outro aquilo tudo estaria acontecendo. Ela sorri após cada beijo, ele
olha e nada diz. Eles já vão né? Já. Será que lá fora a coisa continuam assim?
Não sei. Será que eles voltam? Espero que sim. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-22655444260182733302015-08-16T19:18:00.000-03:002015-08-23T17:09:32.276-03:00boys like you and girls like me<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/56LE2qdlmyk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/56LE2qdlmyk?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<b> </b><span style="font-family: 'Calibri Light', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Gosto
de dias despretensiosos, como aquela quinta que começa com tudo dando errado e
acaba sendo exatamente o que você precisava.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Acordei
atrasada, fiquei presa no trânsito, trabalho só problemas, o carinha que eu
tanto gostei tomou chá de sumiço, meu fone de ouvido quebrou, enfim, o dia
pedia uma cerveja no final para a vida ficar um pouco mais amena. Liguei para
uma, duas, grupos de amigas; todas ocupadas. Deve ser inferno astral atrasado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Minha
amiga de infância atendeu: “Claro que vamos! Vou falar com a Helô, ela sempre
anima essas coisas!” Saí do trabalho, mais trânsito, fila interminável no
mercado, come qualquer coisa para forrar o estomago, vamos! Mas e o meu banho?
Ficou para depois. Era apenas uma cerveja de salvação do dia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Um
bar fechado. O outro vazio. Esse tá muito caro. Vamos na rua onde tem todo
mundo. Mas eu to uó! Passa uma maquiagem na cara que melhora, esse batom
vermelho fica bom pra disfarçar essa sua blusa de menino. Tem um desodorante
jogado aí no chão do carro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Finalmente
sentada em uma mesa de bar, com uma cerveja gelada na mão, a vida começava a se
tornar agradável. Cumprimentar conhecidos, rir do menino que mandou uma piscada
para a minha amiga, beber sem a preocupação de impressionar, ninguém vai
prestar atenção em mim hoje mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Olha
lá aquela menina que estudava com a gente! Ela não tá morando na Austrália? Ah,
eu gosto tanto dela! Ela nunca falou comigo no colégio. Vamos juntar as mesas!
Oi, eu sou o irmão da Clara, vou deixar as minhas coisas aqui, tudo bem? Sem
problemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> As
horas passaram, os copos enchiam e esvaziavam. Na mesa pessoas com quem nunca
havia falado e uma calorosa discussão sobre política. Eu não voto nele. Então
você concorda com o governo atual? Não estou dizendo isso, só que não voto nele
nem no partido dele. Você é louca, e nem vem que eu sei que essa de trabalhar
com pobre é pra se sentir melhor consigo mesma! Obvio que é. Se você não fosse
tão comunista namorava contigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Olhei
no relógio, já deveria estar em casa. Enchi o copo, agora não faz mais
diferença. Levantei, ascendi um cigarro e encostei no carro, já consigo sentir
a dor de cabeça vindo. Oi, desculpa qualquer coisa, viu? São só opiniões
diferentes, não precisava sair da mesa. Imagina, eu fui só no banheiro mesmo.
Ah, ok. Tem um isqueiro? Claro. O que você faz além de ser comunista e salvar
pobre? Pouca coisa, não sobra muito tempo. Esse seu batom é um problema, eu não
sei se converso com você olhando para os seus olhos ou a sua boca. Você olha
para onde quiser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Minutos
(horas?), beijos, implicâncias e cigarros depois minhas amigas me encontram, já
estávamos indo. O Rafa vai te deixar em casa, ok? Como assim? Ele vai te deixar
em casa ué. Tudo bem. Vamos? Vamos, só tem uma má notícia. A gente vai de
ônibus? Não, de taxi. Então ta ótimo. Para ali, no posto por favor! Por que? Eu
preciso sacar dinheiro. Não precisa, eu tenho. Até parece que você vai pagar.
Por que? Porque não. É ali no próximo retorno, moço. Por que você ta virando
aqui? Porque eu moro ali naqueles prédios. Eu não disse que ia te deixar em
casa? Disse. Então para com isso, a gente passa lá em casa e eu pego o carro.
Conheço essa história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Descemos
do taxi a uma quadra da minha casa, poderia voltar a pé se quisesse. Ele bêbado
de cair, eu julgando as escolhas da noite. Vou pegar a chave do carro e vamos
para um motel, ou você prefere ficar aqui? Eu tenho aula daqui a pouco. Hm, só
não pode fazer muito barulho porque a minha mãe ta em casa. Não sou muito boa
em não fazer barulho. Quero só ver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Fui
ao banheiro, joguei uma agua no rosto. Estava cansada e era visível. Que porra
de decisão foi essa? Deveria ter ido para casa, to fedendo. Pelo menos ele riu
quando disse que estava menstruada e peluda. “Vou ficar que nem o coringa de
bigode?” Que tipo de resposta é essa? Bem, agora já estou aqui, melhor entrar
no clima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Chego
no quarto, vazio, apenas a janela aberta mostrando a madrugada. Tirei a roupa,
deixei em uma pilha no canto junto com a mochila. Sentei na cama e esperei. Você
já está assim? Fico até sem graça. Deita. Quer que eu apague a luz? Não. Assim
que eu gosto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Subi
em cima dele e tirei sua blusa enquanto lambia o descoberto. Mordi a nuca,
achei o cinto. Abaixei a calça enquanto colocava seu membro duro na minha boca,
ele gemeu. Permaneci ali até ser puxada, não sairia a não ser que me tirasse.
Cadê a camisinha? Não tenho. Como assim? Não tenho. Porra, você me traz aqui e
não tem camisinha? Ato falho. Pra caralho, vamos comprar. Tá falando sério?
Obvio, senão não vai rolar. Aff. Se veste, a gente vai rápido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Dentro
do carro sua mão na minha coxa, procurando o meu sexo. Eu rindo com um cigarro
na mão. Vou parar ali naquele posto, deve ter. Não tem. Como tem tanta certeza?
Eu moro ali do lado, vivo lá, nunca vi uma camisinha. Quer apostar? Quero.
Então ta, se tiver você vai até lá em casa me chupando enquanto eu dirijo, e
vou dar duas voltas no quarteirão. Fica à vontade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Ele
volta da loja com o maior sorriso que já vi, começo a rir. Sentou, chegou o
banco para trás e inclinou, enquanto se gabava da conquista. Ligou o carro e eu
abri a sua calça, havia um quê de vitória em perder aquela aposta. Levanta
que vou ter que abrir a janela para entrar no prédio. Você não ia dar duas
voltas no quarteirão? .... Sorri e voltei ao que estava fazendo, me chamou de
safada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> De
volta ao quarto terminamos o que havíamos começado. E começamos de novo. E de
novo. Até sermos parados pelos meus despertadores. Preciso ir para casa. Você
vai na aula mesmo? Vou, não posso faltar. Queria tanto que hoje fosse sábado e
você pudesse ficar aqui. Também queria, mas não posso. Me deixa lá? Só porque
você mora perto. Então se fosse longe eu voltava a pé, seu escroto? É<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> Descemos
o elevador com um senhor de olhar repreensivo, eu descabelada e ele feliz
sorrindo. Não acredito que você mora tão perto, muito bom isso. Por que? Porque
sim ué, sempre que quiser repetir só falar, tão perto. Você já disse isso. É
porque to feliz mesmo por você morar perto. Então valeu a pena comer uma
comunista? Claro que valeu, agora até voto no PT.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-34071611489998727472015-04-05T15:31:00.000-03:002015-04-05T15:31:37.326-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/1OhWU2FVxME/0.jpg" src="http://www.youtube.com/embed/1OhWU2FVxME?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
Te
encontrei em um dia quente, quase como aqueles de verão. Eu te encontrei ou
você me achou? Não sei, talvez um pouco dos dois. Há semanas discutíamos tudo;
sexo, amor, religião, você com suas historias longas e eu com minhas respostas
complicadas. Havíamos deixado tanto e tão pouco para a imaginação. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desde
que nos encontramos percebi a noite derreter, alongando e encurtando os minutos
no seu decorrer, até terminar em dia. Não havia assunto com fim, ou problema a
ser solucionado, os cigarros eram meus e a culpa era sua. Você louco e eu bêbada.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Desvendamos o corpo um do outro
como se pintássemos um quadro, você sempre nos extremos e eu nas lacunas
buscando o equilíbrio. Como tinta no papel nos tornamos um até não haver espaço,
ou forças, para mais. E assim continuamos até acabar o que menos possuíamos:
tempo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Tempo este que após voltou a ser rígido.
Os dias corriam um atrás do outro, enquanto os minutos insistiam em durar
sessenta segundos. Havia pedaços de mim e pedaços de você, mas esparços, cada
vez mais distantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
E então, juntos, continuamos
separados. Corpos se uniam, mas não se fundiam. As lacunas eram preenchidas por
silêncio. Eu ali, você aqui, e ambos distantes. A sincronicidade dos que se
perdem. Nos despedimos com a certeza do adeus, e eu com o mesmo sorriso por debaixo
do beijo da primeira vez.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Eu te
disse tudo sem falar nada. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-48989801262300003742014-10-28T06:18:00.002-02:002014-10-29T23:10:34.061-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-iyIWBROd6kk/VE9RNwaBbiI/AAAAAAAACM0/DCuaBRfUDgM/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-iyIWBROd6kk/VE9RNwaBbiI/AAAAAAAACM0/DCuaBRfUDgM/s1600/large.jpg" height="320" width="239" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Eu não vou te dizer o quanto
sinto a sua falta. Ou de quantas vezes já ri lembrando de nós. E de quantas
vezes já chorei pensando em você. Não
vou dizer que a saudade dói, e que só o seu abraço faz passar. Não vou dizer da
alegria de acordar ao seu lado com a luz entrando pela cortina mal fechada. Ou
da felicidade de te ver sorrindo toda vez que te cubro de beijos. Não vou dizer
que adoro seus dentes grandes e a sua barba sempre mal feita. E que ainda te
odeio um pouco por todas as maldades que fez comigo. Não vou dizer que já
percorri incontáveis quilômetros só para te ver. E faria mais. E de novo. E
sempre. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Não vou dizer que ser feliz ao teu lado era fácil, mesmo você sendo tão
complicado. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-37485732086984145402014-08-10T12:12:00.000-03:002014-09-21T21:33:23.448-03:00<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ipUeOW0PEgc/U-eKx6e_nbI/AAAAAAAACLg/RXLVs98ukDU/s1600/tumblr_l2kq3ylm561qa9u3ao1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ipUeOW0PEgc/U-eKx6e_nbI/AAAAAAAACLg/RXLVs98ukDU/s1600/tumblr_l2kq3ylm561qa9u3ao1_500_large.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;"> Eu te quero inteiro, você queria meus pedaços. Eu falava de amor, você fingia escutar. Eu desenterrava as verdades, você sempre preocupado em esconder. Em mim haviam apenas certezas, você cada vez mais interrogava. Eu saí pela porta, você nunca me deixou entrar.</span></div>
<o:p></o:p>Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-13083619490432798062014-05-02T02:17:00.000-03:002014-05-04T19:26:36.027-03:00I can tell by the way you carry yourself<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0GXoSbO4okg/U2MPR4iUrWI/AAAAAAAACHw/KlqMRhPkpgI/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-0GXoSbO4okg/U2MPR4iUrWI/AAAAAAAACHw/KlqMRhPkpgI/s1600/large.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Você é
mais gentil que a maioria. E esconde isso mal. É querido, no sentido de que é fácil
e comum as pessoas gostarem de você, e sem precisar de muito. É um cara que
gosta de coisas simples. É tímido de uma forma
engraçada, como aquelas pessoas que pedem licença para existir. Com isso já se
assume que é um tanto inseguro também. Como todos nós, cria um personagem, mas
não tem muita paciência para isso então desmancha na primeira oportunidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Tem saudades e gostou da sua infância,
por isso carrega esse chaveiro velho. Já fez a sua cota de irresponsabilidades,
mas acho que percebeu que não é muito a sua coisa. É mais quieto que isso. É
esforçado e vai atrás do que quer. É inteligente e, como a maioria das pessoas
com essa característica, curioso. É carinhoso de uma forma gostosa, e
atencioso. Mas ao mesmo tempo é um safado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
É mais bonito do que pensa. E
incrivelmente mais interessante.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Isso foi o que descobri em um
dia. Me pergunto o que vem depois.<o:p></o:p></div>
<br /></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-853059985792481554.post-68515008941476326752014-03-06T18:54:00.000-03:002014-03-06T18:54:02.547-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Cjxm1-9tImY/Uxjtt8lxwUI/AAAAAAAACD4/1lXTqhdQULo/s1600/tumblr_lk5113eQbX1qgquvwo1_r1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Cjxm1-9tImY/Uxjtt8lxwUI/AAAAAAAACD4/1lXTqhdQULo/s1600/tumblr_lk5113eQbX1qgquvwo1_r1_500.jpg" height="208" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; white-space: pre-wrap;">Sábado passado era aniversário de uma amiga e fomos comemorar em um bar. Me arrumei, coloquei um vestido confortável, baguncei o cabelo e terminei com um batom vermelho. Estava pronta.
De início apenas observei, analisei as opções e então decidi. Queria algo incomum, fugir um pouco da rotina, pois até o sexo casual fica repetitivo após alguns meses. Ele, ainda desavisado, bebia e conversava com os amigos enquanto eu esperava o momento certo. Foi simples, bastou uma frase e já tinha sua atenção, dali era só continuar com a personagem que criei para mim. Falei absurdos, fiz a mulher segura, contei que já havia pago motel, e comentei que provavelmente todas as amigas das suas exs sabiam exatamente como ele era na cama e o tamanho do seu pau. Ele falou que algumas com certeza, pois já havia comido várias. Apenas ri.
Se espantou com o quão mais nova eu era, mas apenas o interessou mais. Falou que só pagava bebida para piranhas, e eu logo me assumi como pertencente a classe. Me deu uma cerveja porque mulher de verdade não tem essa porra de só beber caipirinha, e eu cada vez mais excitada. Aquele teatro de quem se importava menos era uma das melhores pre-eliminares que já tinha feito. Dividimos cervejas, cigarros e provocações até me convidar para terminar a noite em seu apartamento. Sem sequer ter encostado em mim. Concordei com um sorriso no canto dos lábios.
Puxou o meu cabelo enquanto pagava a conta, me segurei para não gemer ali. Disse que preferia cabelos maiores, respondi que não havia pedido a sua opinião. Perguntou se tinha outras tatuagens além de uma no ombro, levantei a saia do vestido e mostrei uma no alto da coxa esquerda, apenas revirou os olhos e saiu andando. No carro fui sentada no seu colo no banco de trás, ele alisando as minhas pernas e eu cada vez mais ansiosa para chegarmos ao nosso destino.
Finalmente sozinhos em seu apartamento tirei os sapatos, os brincos e os anéis. Respirei fundo pois agora não poderia fraquejar, não podia me desmascarar após ir tão longe. Me beijou com força, já abrindo os botões da calça.
"Agora vamos ver se você é tão boa quanto diz, me chupa."
"Eu nunca disse nada."
"Disse sim, chupa o meu pau bem gostoso."
Como a boa menina que sou fiz exatamente como mandado, me ajoelhei na sua frente e coloquei seu membro duro na minha boca. Ele puxava o meu cabelo e dizia sacanagens. Depois de algum tempo me levantou, tirou minha roupa e me levou até seu quarto. Deitou na cama e me disse:
"Rebola em cima de mim."
Sentei devagar, sentindo cada centímetro dele penetrar em mim. Rebolei e me mexi até sentir as pernas doerem, e ele me olhando, sem mexer um músculo.
"Tá ficando cansada é? Achei que conseguia mais. Fica de quatro."
A cada posição eu ficava mais excitada, pedi para puxar o meu cabelo e me chamou de putinha. E era exatamente aquilo o que eu queria ser, submissa e entregue a todas as suas vontades. Não sei quanto tempo permanecemos lá, ou de quantas maneiras o fizemos, mas finalmente me puxou com força e terminou, ambos exaustos.
Deitei ao seu lado e esperei algum tempo, pensando no que faria agora. Levantei e fui fumar um cigarro enquanto me decidia. Quando terminei, vesti minha roupa, calcei meus sapatos e fechei a porta ao sair. Minha cortina se fechou sem aplausos.</span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/10980044271073051796noreply@blogger.com0