Quebrada entre a saudade e a negação costurei os lábios com cetim rosado, evitando que escorressem palavras adocicadas pelo tempo. O estômago invadido e estourado repetidamente pelas borboletas amarelas contagia os outros órgãos, o coração pulsa-me mais vermelho agora, expulsando o cinza do ranço preso em suas paredes.
O oxigênio em meus pulmões tornou-se insuficiente, as células morrem em meu peito abrindo espaço, deixando os ramos com flores roxeadas crescerem. Já invadiram-me a alma. A visão confusa pelas estrelas brilhantes em meus olhos titubeia-me pelos cantos, ofuscam sentidos enquanto giro com a saia rodada sem parar.