sexta-feira, 14 de maio de 2010
and I think I'm going to like it.
Ah, há tanto tempo não escrevo assim. Com a alma não a chorar, mas a regurgitar. Ou seria “vomitar” mais certo, porém feio? Tanto faz, a grande coisa é que agora não choro. Mentira, choro, mas um choro diferente. Com gritos e berros iguais a todos os outros, mas são diferentes, outros timbres, outra voz, outras lágrimas. São uma libertação. Do que? Não sei, de mim talvez, desse peso inútil e enorme no qual me transformei ao longo dos tempos, e que agora já me cansa. Não, não estou nem irei me livrar de você, uma vez que você não sou (ou é) eu. Vê, somos pessoas diferentes, e essa é a nossa beleza em estarmos juntos. Pois somos tão, mas tão diferentes que nos completamos, nos encaixamos. Não, não só no sexo, esse é apenas um necessário complemento físico.
Nos completamos a medida que falamos de coisas que o outro não entende, mas aprendemos a ouvir com atenção, ou pelo menos a fingir. Porque eu falo alto e você fala baixo, e eu estou sempre a voar por ai. Ta aí, mais uma diferença completante. Não é lindo? Eu sempre bêbada e você sempre sóbrio, um o pilar do outro, e este a sua fuga. Você é os dois pra mim. Não, você não é tudo, desculpa. Desculpa nada, é ótimo você não ser tudo. “Tudo” envolve problemas, dramas, mais vômitos e choros, e tantas outras basbaquices que não se encaixam a você, mas a mim.
E lá volto eu, tentando me livrar de mim mesma. Mas como fazer isso? Infelizmente nasci ligada a isso (sim, isso, sou uma coisa, tipo... não sei, sou complicada demais pra ser pedra que se mexe), como que por um cordão umbilical impossível de ser cortado, maldição.
Ai senhor, cansei de pensar e falar besteiras. Vou viver por aí. Vem comigo?
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5 comentários:
É a dúvida que nos faz seguir em frente. É o não saber e o não aceitar que nos abre o caminho e nos transforma em algo. Melhor ou não. Sim, vou contigo :)
Cada vez mais te conheço e vejo em mim sua condição. não com seu relacionamento não, ainda não sei o que é isso. Mas com a procura. ou desprocura. Não importa o nome.
o que posso dizer pra você é algo pessoal e talvez já conhecido.
Descobri que um relacionamento, que se compreende à comunicação, se dá quando dois de um possuem algo em comum. um lugar, pessoas, um interesse, pensamentos. Qualquer um ou uns desses. Te faço perguntas e respondes o que entendo.
Fora disso, minha imagem de relação estava condenada às cinzas.
Mas não é tão simples. Não, porque o homem (como um todo) é estúpido em achar que pode definir tudo com esse punhado de palavras e letras. O caos que nos move é muito mais complexo que isso.
Nos comunicamos e compreendemos de formas indefiníveis. Corpo (expressão), mente (intenção). E por isso não podemos entender sempre o que nos conecta ou move.
Por mais improvável que pareça. Por melhor que faça sentir ou pior que lhe faça mal.
Não entendo. e não é pra entender.
Por isso vou contigo. e continuo. até o próximo passo.
Vou contigo, moça julia.
Esquecer-se um pouco é bom, e eu venho tentanta fazer o mesmo há tempos. Mas nós sabemos como é difícil deixar de olhar para aquilo que vinhamos olhando por décadas (infelizmente, décadaS).
Mas o fracasso não me impede de tentar e insistir como uma idiota batendo a cabeça na pedra que se mexe. Vou com você, quem sabe a gnt não se larga no caminho?
Vou.
Vem vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Um beijo
amei o nome do teu blog!
tô com essa música na cabeça desde ontem!
ô coincidências dessa vida!
beijos daqui.
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