Porque o amor,
diferente de muitas coisas, não pode ser guardado em potes. Não é colecionável.
Foi feito para ser dividido e multiplicado, mas nunca guardado. Como flor
precisa de sol e brisa fresca, senão murcha até morrer.
Não é mensurável,
nem pode ser contabilizado. Não deveria se dizer “tenho um amor” (muito menos
números maiores), mas sim “sinto amor”.
Pois na verdade é ele quem nos possui e controla enquanto presente, fazendo o
mais absurdo absolutamente plausível e transformando o tosco em adorável.
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