sexta-feira, 14 de dezembro de 2012



                Quando você partiu, senti um pedaço meu indo junto. Era algo importante, grande, insubstituível. E por isso passei meses a procurá-lo de volta. Em cada pedra e esquina eu observava. Em cada cheiro e beijo novo eu tentava senti-lo, mas sempre sem sucesso.
                Então os meses se passaram e, quando eu menos esperava, não havia mais vazios em mim. O que me faltava agora se encontrava em seu devido lugar, como se nunca tivesse partido. E essa era a verdade; não era eu quem deixara de ser completa com a sua partida, e sim você que carregava um presente meu. 

Um comentário:

Anônimo disse...

posso chamar de o feio que te tirou de mim (talvez, convencido eu, não 'e?) e ainda ganha post no blog