É como uma fome sem vontade. Um desejo por carne, mas não da que se come, da que se toca. Um peso no ar à volta, um cheiro desconhecido, sem significado, uma textura invisível. A explosão de estrelas internas formando sóis apagados, em um universo remexido. Chove sem que as gotas encostem-se a qualquer lugar, tudo continua seco, rachado, indiferente ao relógio que bate no fundo.
O grito que corta a navalha silenciada ecoa no abismo de paredes tortas, expande-se por um infinito esburacado.
2 comentários:
Bom.. escreva mais =)
Que vom que voltaste! Espero entrar aqui e encontrar sempre textos novos. Melhoras com hiato criativo, querida.
Um beijo!
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