Para mim, sexo e escrita são irmãos. São arte, movimento e necessidade. Partem de uma pequena vontade, e crescem até me preencher. Posso passar dias, até meses, sem entrar em contato com ambos, mas em cada segundo me inundam o pensamento. Pois essa é a verdade: sou mulher e penso o tempo todo em sexo. E não tenho medo de admiti-lo.
No ultimo ano vi minha vida mudar radicalmente, especialmente no que se diz respeito a sexo. Me tornei mais ousada; experimentei, tentei, gostei e não gostei. Pedi gozadas na boca de desconhecidos, explorei banheiros públicos e me desprendi de dogmas ha tanto enraizados em mim. Encontrei no sexo casual uma deliciosa forma de trocar, aprender e ensinar. Aprendi a usar meu corpo ao mesmo tempo como templo e arma, já que com ele tudo posso. Em resumo: tornei-me mulher.
Parece fácil escrito assim em palavras bonitas, até soa natural. No entanto, enquanto revolucionava minha vida e chocava amigas com historias, vi quantas não entendem o poder que tem em si. Ouvi machismos, julgamentos e até confissões de vontades reprimidas espelhadas na minha experiência. Não acredito ser o meu estilo de vida o único certo, mas defendo a mulher como soberana de si e suas vontades.
Defendo a menina que diz não ao namorado que insiste em fazer sexo anal, e a que diz sim e gosta. Defendo as que, como eu, praticam o sexo livre e descompromissado, assim como as que decidem esperar pelo casamento. E defendo até as que renunciam esse ato terreno pela iluminação espiritual, ou por qualquer outro motivo.
Somos todas essencialmente livres para tomar decisões de como lidar e expressar a sexualidade em nossas vidas, uma vez que não ha forma certa ou errada de ser feito. Deveria passar por senso comum o fato de nada nem ninguém ser capaz de subjugar-nos contra isso. Pois não ha ser humano algum que vá me chamar vadia sem ouvir resposta, ou celibatária que não despertará a minha curiosidade e admiração.
Somos todas essencialmente livres para tomar decisões de como lidar e expressar a sexualidade em nossas vidas, uma vez que não ha forma certa ou errada de ser feito. Deveria passar por senso comum o fato de nada nem ninguém ser capaz de subjugar-nos contra isso. Pois não ha ser humano algum que vá me chamar vadia sem ouvir resposta, ou celibatária que não despertará a minha curiosidade e admiração.