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E assim você chegou; sem avisos, explicações ou sequer batidas na minha porta. Arrebatou-me o ar e as amarras, traçou linhas pelo chão com pés descalços. Os sapatos abandonara assim que entrou, a casa era sua. Dobrou lençóis e desfez estações, das andorinhas aproveitou apenas a melodia voante do verão.
Catou uma a uma as estrelas do meu céu contando suas historias, fez do meu teu e este o nosso. Separou lagrimas e as levou ao sol, sempre diz precisarem de ar para se acalmar. Soltou versos e palavras para que preenchessem o teto, o infinito particular. Plantou lírios de sangue, morte e amor por todo o jardim, perfumou-me com um cheiro tão teu.
Diagnosticou-me de louca e eu a ti de bobo, nossos remédios sempre perdidos em cobertas e abraços.
Um comentário:
gosto dos seus textos...
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